De longe via-se aquele lindo pássaro a voar,
de terras diferentes, forasteiro ele vivia a sobrevoar, cansado de quieto
estar, voava, voava para encantar. De onde vens estrangeiro? Pra onde vais?
Quero conhecer-te cada dia mais, seus olhos encantaram-me ao sobrevoar minha
vida, voo rasante, alma errante, passos apressados que vão adiante.
De longe vim, para longe irei, meus sonhos são
tão pequenos ao comparar-me com teus passos gigantes. O que fizestes comigo
estrangeiro amante? Teus olhos me veem as noites e se vai aos sonhos distantes.
Eu que menina ainda sou, prendo-me a um passado distante, mas de outonos tão
frios, e ao recolher-me deste mar, recolher passado, recolher os pedaços, me
reinventar. Me descubro num devaneio, que vem de longe, mas não que são
veraneios, são somente os olhos daquele pequeno forasteiro que vem pela manhã
me adoçar. E assim sigo, viro, reviro, me faço pedaços e logo em seguidas me
reconstruo e vivo mais uma vez a sonhar com aqueles olhos verdes que vivem a me
rondar. Fique, fique pássaro bonito não vá, mas se for deixe seus olhos,
sorrisos e beijos para que eu possa lembrar, que um dia pude ver o mais lindo brilho
de um anjo perdido que veio para me encantar.
Escrito Por Cássia Kuzdak (Cacau)
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